Depois de uma investigação que começou há seis meses, a Polícia Civil do Distrito Federal e o Ministério Público deflagraram hoje uma operação contra servidores terceirizados, servidores e ex-servidores da Companhia Energética de Brasília (CEB) e Caesb. Somente na CEB, teriam sido desviados R$ 600 milhões em dívidas não pagas. Atualizado às 9h24
A Operação Apate cumpre 24 mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos. Estão sendo empregados 200 policiais. A polícia informou que os nomes não estão sendo informados porque as investigações ainda estão em andamento.
A quadrilha teria pelo menos seis núcleos menores, dedica-se ao ganho ilícito de valores em vários serviços fornecidos pela empresa. Numa nota da Polícia Civil, informa-se que entre as ilegalidades estariam a prestação do serviço solicitado a um valor mais baixo como se particular fosse, apesar de formalmente executado pela CEB
Também seriam feitos serviços ilegais, que vão desde a adulteração nos medidores de energia elétrica para cobrança de valores a menor até o fornecimento de energia elétrica em obras embargadas, mediante pagamento de propina.
Os funcionários também faziam a transferência da titularidade do ponto de energia sem o necessário pagamento de dívida acumulada para aquele cliente, de modo que o fornecimento é repassado para o nome de um terceiro e continua sendo realizado no mesmo endereço, sem que a dívida precise ser paga e sem que a CEB interrompa o fornecimento.
Nota da CEB
A CEB está apoiando a operação para que sejam coibidas fraudes e outras práticas contra os interesses da companhia. É de conhecimento público que há consumidores que têm se utilizado de ligações clandestinas para promover furto de energia, como também houve recentemente uma operação policial para coibir a fraude em medidor praticada por uma empresa.
A administração da CEB presta todo o apoio necessário às autoridades policiais na investigação.
A medida vai ao encontro da firme atuação da atual gestão na redução da inadimplência e no combate às perdas, seja por furto ou por fraude, que prejudicam tanto a empresa quanto o consumidor honesto e bom pagador.