O presidente Jair Bolsonaro negou na noite de terça-feira ter autorizado a entrada em seu condomínio de um dos suspeitos de ter assassinado a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco no dia do crime, e disse que deseja ser ouvido pelo delegado do caso para se defender.
Bolsonaro fez uma transmissão de vídeo ao vivo em sua página no Facebook de madrugada na Arábia Saudita, onde está em visita oficial, após reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, afirmar que um dos suspeitos da morte de Marielle entrou no condomínio de Bolsonaro dizendo que iria à casa do então deputado, mas que, na verdade, foi para a residência do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.
Segundo a reportagem, que cita o depoimento de um porteiro do condomínio à polícia, esse porteiro teria dito que um homem com a voz de Bolsonaro teria autorizado pelo interfone a entrada no condomínio de Élcio Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime de Marielle, mas o presidente disse que sequer estava no Rio de Janeiro no dia do crime.
A reportagem da TV Globo também ressalvou que o sistema da Câmara registra a presença de Bolsonaro no Congresso no dia da visita de Élcio Queiroz.