A assembleia do Sínodo para a Amazônia, que ocorre no Vaticano, recomendou no sábado (26) a ordenação de homens casados em comunidades remotas. A fim de solucionar a escassez de padres na vasta região amazônica, a medida mudaria uma tradição de séculos da Igreja Católica.
A maioria dos sacerdotes presentes (na maior parte, bispos dos nove países da Amazônia) votou a favor de que a Igreja permita que homens casados se tornem padres: foram 128 votos a 41. Muitos bispos acreditam que a medida permitiria que mais católicos atendessem às missas.
Segundo as regras do sínodo, cada um dos pontos do documento final, incluídos após os debates das últimas três semanas, precisava ser aprovado por dois terços dos bispos presentes. A regra de ordenar padres casados foi a que mais recebeu votos contrários.
Com as recomendações, cabe agora ao papa Francisco analisar os pontos e decidir se as medidas serão implementadas pela Igreja. O pontífice sinalizou que fará sua avaliação antes do fim do ano.
A ordenação de homens casados e a maior participação das mulheres estiveram entre uma série de itens colocados à votação neste sábado e incluídos no relatório. Todos eles foram aprovados por mais de dois terços dos 184 líderes religiosos presentes. Embora as mulheres tenham sido autorizadas a participar da assembleia sinodal, elas ainda não puderem votar o documento final. (Da DW)