senador Fernando Collor de Mello

Federal faz operação contra o senador Collor de Mello

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11), a Operação Arremate que tem o objetivo de combater suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de compras de imóveis disponibilizados pelo poder público. O Supremo Tribunal Federal já autorizou 16 mandados de busca e apreensão em Maceió (AL) e Curitiba (PR).

As investigações visam identificar e comprovar o provável envolvimento do ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTC-AL), atual senador pelo Pros. Esta é a segunda operação contra um senador da República nas duas últimas semanas. O último deles foi o líder do governo no senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

Collor é apontado como o responsável por arrematações de imóveis em hastas públicas ocorridas nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016. Há suspeita de utilização de laranjas com o objetivo de ocultar a participação dele como beneficiário final das operações, segundo informaram o JBr, o jornal Opção e a própria Polícia Federal.

De acordo com informações da Polícia Federal, as compras serviriam para esconder e dissimular a utilização de recursos de origem ilícita, bem como viabilizar a ocultação patrimonial dos bens e convertê-los em ativos lícitos. Os valores das arrematações sob investigação são de aproximadamente R$ 6 milhões, sem as correções.

Em maio, o senador foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por peculato. Em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou uma denúncia contra o senador Fernando Collor na Operação Lava Jato e tornou réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa.

Ele foi acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, e agora passa oficialmente a responder ao processo, ao final do qual poderá ser condenado ou absolvido.