No próximo dia 6 de outubro os portugueses voltam às urnas para escolher o novo governo que vai conduzir o país até o 2022. Nas eleições passadas, quem venceu foi uma coligação PSD/CDS, mas foi o Partido Socialista (PS) que acabou governando o país. Um acordo histórico à esquerda permitiu que, pela primeira vez, um governo sem maioria chegasse ao fim do mandato.
Quatro anos depois, a situação política é outra, mas a economia cresceu, a dívida pública baixou e foi pago a dívida contraída ao FMI em 2011, “mas o país está paralisado como nunca antes”, observa João Guilherme Ferreira, da tvi24. O último semestre de 2018 fica marcado por greves em todos os setores públicos do país, da saúde à educação, passando pela justiça e transportes.
A experiência portuguesa foi o principal assunto de um encontro que pode selar uma aproximação entre o PSB brasileiro e o PS português. Hoje estiveram em Lisboa o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e o secretário de Relações Internacionais do partido, deputado Alessandro Molon (RJ). Na pauta também a situação política do Brasil. A conversa foi assistida por outros dirigentes do PS.
Num debate realizado ontem pela televisão, o secretário-geral dos socialistas, António Costa, defendeu que quem quer a vitória do partido nas legislativas, “só tem um voto a dar” e é no PS para que este continue “a mudança de política” iniciada há quatro anos.
Ainda não tinham passado dois minutos de debate e já António Costa tinha dito as palavras que mais vem repetindo nos últimos tempos: confiança, reposição, contas certas, déficit mais baixo, melhor controle da dívida. As sondagens colocam o PS no limiar da maioria absoluta e o PSD em mínimos históricos na Assembleia da República, segundo o portal Público com base nas últimas pesquisas.