O deputado Paulo Abi-Ackel disse há pouco que o melhor terreno para resolver o pedido de expulsão do deputado Aécio Neves é o Conselho de Ética do PSDB. “Não houve a eleição para o diretório nacional e para o conselho de ética? Então que se resolva lá”, comentou ao Misto Brasília pouco antes da reunião da bancada mineira na Câmara dos Deputados.
Abi-Ackel é presidente do diretório estadual e amigo “desde criança” de Aécio Neves, que vem sofrendo pressão do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e do governador de São Paulo, João Dória, para deixar o partido. A disputa no melhor estilo “café com leite” pode ter novos desdobramentos, já que os mineiros também estão dispostos a pedir a expulsão de Bruno Covas, já que ele é investigado por improbidade administrativa.
A disputa ganha contornos mais dramáticos dentro da agremiação por conta das eleições municipais do próximo ano. O partido precisa ter um discurso para o eleitor, assim como facilitar a carreira política de João Dória. O governador é pré-candidato à Presidência da República em 2022. E neste projeto garantiu a eleição do ex-ministro e ex-deputado Bruno Araújo à presidência nacional do PSDB no último dia 31 de maio.
Abi-Ackel disse que também é amigo de Bruno Araújo e que por isso essa disputa deveria estar resumida entre paredes. No melhor estilo mineiro, o deputado sugere que a discussão deva ser interna. “Evitar uma briga pela Imprensa”, e, claro, pelas redes sociais. A carga contra Aécio se tornou mais pesada desde que ele virou réu na justiça de São Paulo, acusado de receber propina de R$ 2 milhões do grupo J&F e tentar obstruir investigação da Lava Jato.

