Se depender do Ministério Público Federal, o senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL) ficará preso por mais de 22 anos e perderá o mandado parlamentar. A pena foi sugerida ao Supremo Tribunal Federal num processo em que acusa o político de prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os documentos indicam que o senador recebeu R$ 9,95 milhões em um contrato para troca de bandeiras em postos de combustíveis entre a BR Distribuidora e a empresa DVBR Derivados do Brasil.
No mesmo processo, os procuradores querem o pagamento de indenização por danos morais e materiais no total de R$ 59,9 milhões, o equivalente ao montante cobrado a título de propina. Figuram como réus na ação penal Pedro Paulo Bergamaschi e Luís Pereira Duarte de Amorim.
Num texto elaborado pela assessoria, a denúncia da Procuradoria-Geral da República informa que, entre 2010 e 2014, uma organização criminosa instalou-se nas diretorias da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com o propósito de praticar diversos crimes contra a administração pública, liderada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, em particular na figura de Fernando Collor, à época filiado à agremiação. O Partido dos Trabalhadores, que também participava do esquema, não é alvo nesta ação.

