O governo do Distrito Federal anunciou hoje à tarde que vai investigar o contrato para a construção do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad). Uma comissão formada por dois servidores da Secretaria de Planejamento e da Controladoria-Geral irão verificar a nulidade do contrato firmado no governo Agnelo Queiroz (PT).
Uma auditoria já realizada recomenda a suspensão, segundo informou a Agência Brasília. A comissão terá 90 dias para apurar a situação. Após o prazo, que pode ser prorrogado, a concessionária terá direito ao contraditório.
A Controladoria-Geral do DF já auditava o contrato com a concessionária do Centrad e incorporou informações de delações da operação Lava Jato, da Polícia Federal.
“A conclusão da controladoria é que o governo deveria declarar a nulidade desse contrato pelos graves fatos que foram identificados, as inúmeras irregularidades desde a licitação, a assinatura do contrato e a execução contratual”, explicou o procurador-geral do DF, Henrique Ziller.
Caso o contrato seja declarado nulo, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, destacou que não haverá prejuízo para o governo, pois, até o momento, não houve qualquer pagamento pelo edifício. “Estavam previstas prestações mensais em torno de R$ 22 milhões, mas nunca desembolsamos porque discutíamos algumas obrigações por parte do consórcio que não tinham sido entregues.”