Ao longo dos 140 minutos de “Mulher-Maravilha” ninguém chama a personagem por esse nome. Dessa forma, o filme dirigido por Patty Jenkins (“Monster – Desejo Assassino”), como todo primeiro solo de super-heróis, é um filme de formação. É sobre a transformação de Diana (mais tarde, Diana Prince) na heroína que todos conhecemos.
Há um visível esforço de Patty Jenkins para livrar-se das amarras da cartilha de filmes de heróis. Embora ela não seja conhecida como uma diretora com uma assinatura e estilo fortes, consegue sutilmente introduzir algumas mudanças num universo saturado de testosterona. Entre elas, está a forma como sua câmera enquadra a protagonista: Diana aparece sempre como a figura ativa, liderando a ação.
Ainda assim, “Mulher-Maravilha” conta com vários elementos que marcam o gênero: câmera lenta em cenas de luta, uma forçada batalha final e uma trama um tanto confusa. Por outro lado, há algo de mágico na personagem e em Gal Gadot, que passa o filme todo com cara de surpresa e coragem. O filme entrou em cartaz ontem. (Alysson Oliveira, do Cineweb)