Os Estados Unidos podem experimentar pela primeira vez na sua História o impeachment de um presidente da República. Duas vezes realizado no Brasil, este impedimento já é comentado nas rodas políticas do Congresso americano.
É que em menos de 24 horas, Donald Trump se viu às voltas com duas crises: a revelação de que compartilhou informações confidenciais de inteligência com o governo russo e a acusação de que teria tentado obstruir uma investigação sobre suas ligações com o Kremlin – e uma possível interferência de Moscou na eleição presidencial americana de novembro passado.
A BBC Mundo registra que foi o suficiente para que, apenas quatro meses depois de Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos, políticos e analistas aventarem a hipótese de o Congresso abrir um processo de impeachment. Na segunda-feira, o congressista democrata Al Green, por meio de comunicado, disse que o presidente deveria ser investigado e “não está acima da lei”.
Um ponto de vista defendido mesmo por correligionários de Trump no Partido Republicano. O deputado da Califórnia Jared Huffman disse que republicanos precisam “colocar o país acima do partido”. Donald Trump está percebendo o quão perigoso é James Comey, o ex-diretor da polícia federal americana, o FBI.
Comey foi demitido sumariamente pelo presidente na semana passada, oficialmente por sua conduta na investigação de um escândalo no ano passado envolvendo a então candidata democrata à presidência, Hillary Clinton – ironicamente, um episódio que beneficiou a campanha de Trump.