A economia brasileira voltou ao azul no primeiro trimestre após um longo período recessivo, conforme dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, que entretanto, ainda não apontam uma retomada linear ou forte.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve um crescimento de 1,12% de janeiro a março sobre os três últimos meses de 2016, em dado dessazonalizado. Em março, contudo, o índice caiu 0,44% ante fevereiro, embora tenha vindo melhor que recuo de 0,95% projetado em pesquisa Reuters.
Analistas já vinham pontuando que a recente mudança de metodologia das pesquisas de comércio e serviços do IBGE –que embasam os cálculos para o comportamento do índice– vinha turvando as expectativas.
“Quando pegamos os dados do trimestre, o IBC-Br mostra uma inflexão? Mostra. Mas hoje não temos condição de dizer o que é fruto de atividade e o que é fruto de metodologia”, afirmou a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif.
Embora tenha avaliado que o dado de março surpreendeu positivamente, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Barbosa, ressaltou que ele ainda veio no campo negativo e que o caminho daqui para frente não será de uma forte recuperação econômica.