O presidente Michel Temer aposta seu governo na retomada do crescimento econômico e, principalmente na geração de emprego. Não é o que pode acontecer tão cedo.
A expectativa de que a economia teria sinais mais consistentes de melhora no primeiro trimestre deste ano, depois de dois anos seguidos de forte recessão, foi frustrada, levando boa parte dos analistas a piorar seus cenários e enxergando que a estabilização deve vir de fato apenas no segundo semestre.
O principal entrave para recuperação é o crescente desemprego, que prejudica diretamente dois setores cruciais para o desempenho da economia: comércio e serviços. No trimestre passado, eram 14,2 milhões de pessoas sem emprego, número recorde no país, e a expectativa do próprio governo é que o fechamento de postos continue aumentando.