O filósofo Roberto Romano, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), destacou que não dá para confiar nas projeções apresentadas pelos parlamentares sobre o custo potencial das campanhas políticas com a adoção do fundo público para financiá-las.
Segundo ele, o país não tem tradição de “accountability”, isto é, rigor na prestação de contas e lembrou as “fajutas” informações sobre receitas e despesas pelos partidos que são aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Romano, professor de Ética e Filosofia, também não acredita que a lista pré-ordenada, apesar de ser um bom modelo, vai servir para reoxigenar os partidos, com novos quadros disputando cargos eletivos.
“Estão produzindo esse simulacro de reforma política e vendendo gato por lebre. Os parlamentares são especialistas em conservar o poder”, disse o professor, que há muito tempo acompanha a política brasileira.
Na lista fechada os eleitores não votam diretamente em candidatos, mas em nomes escolhidos por uma ordem estabelecida pelo próprio partido. (Da Reuters)