O governo do Estado do Maranhão desmentiu o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) nas informações a respeito do conflito entre brancos e índios da etnia gamela, no município de Viana, Baixada Maranhense. A briga entre os dois grupos no domingo seria o ápice de uma crise que se estende por mais de um ano por conta de direitos de uso da terra.
O Cimi comunicou na segunda-feira (a informação permanece no sítio eletrônico da entidade) que 13 índios ficaram feridos num ataque de fazendeiros O governo estadual explicou que foram hospitalizadas sete pessoas, das quais quatro tiveram alta e três estão internadas – duas das quais passaram por cirurgias. E que não houve amputação de mãos, como disse o Cimi, que chegou a divulgar uma foto (provavelmente de outro caso não relacionado ao conflito no Maranhão).
Hoje à tarde, o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou que se a Funai não tem verba para ir à região fazer estudos e reuniões, “me disponho a pagar, para que haja paz”. A cúpula da segurança pública está na região e em Pinheiro houve uma reunião entre representantes da PM, da Polícia Civil e da Polícia Federal com o promotor Gustavo Bueno e com a juíza Odete Trovão.