Paralisação mostrou força e políticos acusam golpe

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A paralisação de sexta-feira (greve geral) chamada por centrais sindicais em diversos estados brasileiros representou um teste de força para o avanço das reformas encabeçadas pelo governo Temer.

Adrian Lavalle, cientista político da Universidade São Paulo (USP) e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), disse ao El País que enquanto o mundo da política tem suas próprias regras, lógicas e interesses, os atores sociais com capacidade de mobilização também.

Para ele, faltando um ano e meio para as eleições de 2018, ele disse que a mobilização levou preocupações nos parlamentares em relação ao que está sendo votado em Brasília.

“Há parlamentares na base de apoio do governo, e dentro do próprio PMDB, fazendo cálculos políticos para a aprovação das reformas. Agora, é inegável que essa foi a maior mobilização popular contra o Governo desde o impeachment de Dilma.”

Lavalle observou que não é uma surpresa que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) se mobilize, mas é interessante notar que a Força Sindical, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, acusou o golpe das reformas e participou da greve.

“Além disso, há setores, como o dos professores particulares, que aderiram aos atos. Isso é uma surpresa. O impacto dessa greve geral não é imediato, mas dá indícios de certo alinhamento de setores organizados da população que estavam dispersos.”

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