Nova crise na Funai

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O presidente da Funai, Antônio Costa, o dentista e pastor evangélico indicado pelo Partido Social Cristão (PSC) está a um passo de deixar o cargo. A nova crise no órgão surge quatro meses após a sua posse. O cargo ficou vago por sete meses.

Apoiado pelo então líder do Governo na Câmaral, o deputado André Moura (PSC-SE), nas últimas semanas Costa se negou a nomear uma série de políticos para cargos técnicos, diz Afonso Benites, do  El País.

Com atuação junto a indígenas por duas décadas, o ainda presidente tinha um acordo para indicar apenas especialistas para as coordenadorias regionais e assessorias da Funai. Seu padrinho político, Moura, e o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), a quem a Funai está subordinada, entenderam que seus encaminhamentos não estavam corretos e exigiram a nomeação de 28 de seus afilhados.

A gota d’água na relação ocorreu quando Costa contrariou Serraglio na nomeação de três coordenadores regionais nas cidades de Boa Vista (Roraima), Campo Grande (MS) e Passo Fundo (RS). Os indicados teriam o apoio da bancada ruralista, grupo de parlamentares contrários à política indigenista e à demarcação de terras para essa população.

A Funai teve de extinguir 347 cargos de seu corpo de funcionários e fechar 50 coordenadorias locais, que eram espécies de prepostos de atendimento direto da comunidade indígena.

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