O deputado Rodrigo Maia (Dem-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, manteve a votação de urgência do projeto que propõe mudanças significativas na legislação trabalhista. O requerimento caiu ontem por falta de votos, mas hoje voltou à pauta mesmo sob protestos da oposição. Atualizado às 20h00
A oposição está em obstrução, pois considera a manobra ilegal. “É golpe, é golpe”, gritaram os oposicionistas. O governo tem interesse na aprovação do projeto. No início da noite, o plenário aprovou, por 287 votos, contra 144, o regime de urgência.
“Querem aprovar a urgência para dificultar a apresentação de emendas, que é função do Parlamento”, afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF).
O relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), disse que a reforma promove a modernização da legislação trabalhista brasileira. “Defender uma lei de 1943 [Consolidação das Leis do Trabalho] como se fosse uma vaca sagrada que não pudesse sofrer modificações é sinceramente ser presa do cooperativismo, do patrimonialismo e do atraso que tem prejudicado o País”, rebateu o relator.