Sem propina, 110 mil casas seriam feitas

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Texto de Magno Martins

Os números do maior escândalo da República são assustadores. O ex-diretor do setor de operações estruturadas da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, disse, em delação premiada, que a área criada dentro da empreiteira para fazer o pagamento de propinas movimentou mais de R$ 10,6 bilhões entre os anos de 2006 e 2014. Ao Ministério Público Federal (MPF), Mascarenhas informou que os recursos eram movimentados em contas offshores no exterior (paraísos fiscais).

Só ao ex-presidente Lula da Silva, o chefe da quadrilha, aquele que se diz a alma mais honesta do planeta terra, foram entregues em mão R$ 40 milhões. “A gente botou 40 milhões de reais para atender as demandas que viessem do Lula”, disse Marcelo no primeiro vídeo liberado, referindo-se à conta “Amigo”, assim batizada em função da amizade do petista com seu pai, Emílio Odebrecht.

O empresário também relatou os dois casos em que “ficou claro que (o dinheiro) era para Lula”: na compra de um terreno para o Instituto Lula (por R$ 12,4 milhões) e na doação (de R$ 4 milhões) para a mesma entidade. No segundo vídeo, Marcelo fala de outros 40: “No caso específico dessa negociação, 2009 e 2010, até acho [que era] porque estava se aproximando a eleição, veio o pedido solicitado pra mim por Paulo Bernardo na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de 40 milhões de dólares e eles estariam fazendo a aprovação de uma linha [de crédito] de 1 bilhão de dólares”.

E acrescenta: “Como o dinheiro teria origem em negócios em Angola, Marcelo conseguiu com a cúpula petista descontar 10% do valor, referentes ao custo da operação para transferir a cifra para o Brasil. Convertido ao câmbio da época, o repasse acabou sendo de 64 milhões de reais”.

Os gatunos roubaram o equivalente a mais de um terço do custo anual do programa Bolsa-Família, orçado hoje em R$ 26 milhões. Tiraram, na prática, o pão da mesa de 14 milhões de miseráveis, que recebem em média R$ 136 de ajuda mensal. Se, em outra ponta, os R$ 10,6 bilhões fossem usados no programa Minha Casa, Minha Vida em cidades do Nordeste com menos de 50 mil habitantes, que tem um custo em média de R$ 90 mil, teriam sido feitas 110 mil unidades.

O ex-executivo disse que alertou ao então presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, sobre os valores pagos em propina, que, segundo ele, estavam muito altos. “Estava preocupado, muita gente participando das obras, e pressionei. Fui a Marcelo [Odebrecht], várias vezes, e disse: não tem condição, US$ 730 milhões é bilhão [em reais]. Nem um mercado tem essa disponibilidade de dinheiro por fora e não tem como operar isso. É suicídio”, afirmou. Segundo ele, como resposta, Marcelo Odebrecht deu orientação de “segurar”.

Enquanto eles, chefiados por Lula, a “alma mais honesta”, o “pai dos pobres”, dividiam o dinheiro meu, seu, nosso, do povo brasileiro, 12 milhões de trabalhadores eram jogados na rua da amargura, perdendo seus empregos e a esperança, obrigados a viver de biscates ou na marginalidade. Infelizmente, este é o verdadeiro legado dos governos petistas, responsáveis pelo maior assalto aos cofres públicos da história. (Blog do Magno)

 

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