Para fugir da voracidade dos pedidos por propinas dos políticos do PT e do PMDB, executivos da empreiteira Odebrecht identificaram uma alternativa: investir no PSD, fundado e presidido pelo atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.
As informações que constam das delações premiadas e que embasam dois inquéritos contra ele dão conta que ao menos R$ 20,3 milhões foram entregues de maneira ilícita ao ex-prefeito de São Paulo – tudo como caixa dois, o sistema de prestação de contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral não registra essas doações.
Um dos delatores do esquema criminoso, Paulo Henyan Cesena e seu superior, o ex-diretor Benedicto Pereira da Silva, disse que “Gilberto Kassab era um político que naquele momento estava tentando se posicionar como uma alternativa a outros políticos, seja do PT, seja do PMDB. Ele estava formatando o PSD, que era um novo partido, que podia ser uma via alternativa de influência política bastante relevante”. (Do El País)