Em meio a avalanche causada pela abertura de inquéritos contra dezenas de políticos pelo STF, o governo prepara mais concessões na reforma da Previdência e concordou em retirar um dos pontos de mais difícil aceitação, a necessidade de o trabalhador contribuir por 49 anos para obter o teto da aposentadoria, desde que se garanta a aprovação da reforma.
Lissandra Paraguassu, da Reuters, escreve que o mais provável neste momento é que o tempo de contribuição para que se possa receber o teto da aposentadoria, de R$ 5.531, seja um período de 40 anos.
“Estão sendo avaliadas alternativas. Mas essa questão dos 49 anos de contribuição, que tanto prejuízo causou à reforma, vai deixar de estar presente no relatório”, afirmou o presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
A alternativa que está sendo trabalhada pelo relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), é que o ponto de partida do cálculo da aposentadoria –mínimo que o trabalhador aposentado receberia–, proposto como 51%, passaria a 60%. Como com cada ano a mais de contribuição o trabalhador ganha um ponto percentual, passaria-se a 40 anos para chegar ao teto da Previdência.