A Comunidade Europeia deverá se reunir em reação às investigações da Operação Carne Fraca da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta sexta-feira (17), que apurou graves irregularidades na venda de carnes por frigoríficos brasileiros.
A fraude foi detectada no processo industrial, com participação de fiscais, de gigantes do setor. Tais como, JBS, BRF Brasil e Seara. A repercussão na Comunidade Europeia foi divulgada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. As empresas juntas exportam para número superior a 150 países, ressaltou Maggi.
Foram afastados 33 servidores envolvidos na operação da PF, pelo ministério da Agricultura. São funcionários das Superintendências Regionais de Paraná, Minas Gerais e Goiás que recebiam propina dos frigoríficos facilitando a produção de alimentos adulterados.
Pelo menos 20 servidores públicos foram presos pela (PF) suspeitos de envolvimento na operação. Segundo a PF o total é de 38 mandados de prisão, sendo 34 contra funcionários públicos.
Entre os funcionários das empresas presos figuram o gerente de Relações Institucionais e Governamentais da BRF Brasil, Roney Nogueira dos Santos; o diretor da BRF André Luiz Baldissera; e o funcionário da Seara, empresa da JBS, Flávio Evers Cassou. A PF informou ainda que o proprietário do frigorífico Larissa, Paulo Rogério Sposito, foi detido durante a operação.