Em meio aos protestos e paralisações contra a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer admitiu, nesta terça-feira (15), que o projeto enviado ao Congresso Nacional, deve sofrer pequenas alterações. Ao contrário da postura mais irredutível dos últimos dias.
A sociedade tem a cada dia entendido mais a necessidade da aprovação da reforma, segundo Temer. A ideia, na visão do presidente é evitar um colapso na Previdência. Também negou que a reforma retirará direitos adquiridos dos trabalhadores, durante discurso em evento no Sebrae, em Brasília.
Ele repetiu que ou se faz a reforma agora, ou se terá que fazer cortes muito maiores no futuro. E enfatizou que tem que se passar por esse caminho, que existe um esforço por parte da União, do Executivo, do Congresso Nacional, dos empregadores e dos trabalhadores.
Temer ponderou que não será possível aprovar uma reforma “modestíssima”. Para ele, o país pode chegar ao mesmo ponto de outros países, que não promoveram uma reforma adequada, como Grécia, Espanha e Portugal. Lembrou que neste último país, houve corte no salário dos trabalhadores na ativa e de aposentados. Além disso, simultaneamente, o governo português elevou a idade mínima da aposentadoria para 66 anos.