Na próxima semana, no dia 12 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) será comandado pela segunda vez por uma mulher. E como o cargo leva automaticamente à presidência do Conselho Nacional de Justiça, será a primeira vez que uma mulher vai ocupar o cargo.
Natural de Montes Claros, Carmen Lúcia Antunes Rocha, 62 anos, deverá atacar de frente questões como a reforma do estatuto da magistratura. Antiga crítica do Judiciário quando era procuradora em Minas Gerais, Carmen Lúcia até agora soube contornar problemas e o jogo do poder.
Religiosa tradicional (“Há uma madre superiora dentro de mim”), a ministra do STF promete uma administração dura com problemas maiores ainda, como um Judiciário desacreditado e questões polêmicas e urgentes, como o caos no sistema penitenciário.
Para quem pouco conhece a ministra, vai aqui uma dica: gosta de escrever e de ler processos ouvindo “O Cisne”, de Camille Saint-Saëns, e a trilha sonora do filme “A Liberdade é Azul”, composta por Zbigniew Preisner. Entre os livros preferidos estão “Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, “A Divina Comédia”, de Dante, “Crime e Castigo”, de Dostoiévski e “Grande Sertão – Veredas”, de Guimarães Rosa.