Psicologia presidencial de boteco copo sujo

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Texto do jornalista Fabiano Lana

Depois de ouvir e assistir a umas 12 horas da sessão do Senado de ontem (na TV, no rádio, no Youtube…), cheguei à extraordinária conclusão de que talvez a presidente Dilma não minta, como se ventila.

Ela apenas cria teorias bastante pessoais e intransferíveis sobre tudo e qualquer coisa e é incapaz de alterar essas formulações. Mesmo que o mundo, ou um infeliz assessor, a desminta a cada dia.

A história de como o Brasil entrou em crise, por exemplo, nunca vi em lugar nenhum. Parece que pode ser resumida assim: até dia 26 de outubro de 2014, todos os críticos estavam errados, eram os pessimildos. Economistas estavam errados. A analista demitida do Santander estava errada. O candidato adversário: errado. Os investidores da bolsa: errados. Ela estava certa, sempre certa, até hoje está certa.

Mas eis que dia 27 de outubro tudo mudou. A crise se instalou no Brasil por uma miríade de fatores inesperados que caíram por aqui como o meteoro que pôs fim à era dos dinossauros. E começou o colapso.

Sim, eu acredito que ela acredita nessa história! Eu acredito!

E talvez a minha crença seja mais absurda do que a da própria Dilma.

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