Em toda a história dos Jogos Olímpicos da era moderna, só por uma vez os Jogos deram lucro. Os Jogos de Los Angeles 1984. Há uma explicação para isto. A cidade californiana foi a única que se candidatou, apresentou uma proposta em que praticamente não tinha de construir nada de novo, e tinha já montada uma grande máquina comercial e vocacionada para o entretenimento.
Los Angeles é uma das quatro candidatas aos Jogos de 2024 e é bem provável que volte a ganhar (pela terceira vez, caso ganhe na votação final em Setembro de 2017), face à concorrência de três propostas europeias (Roma, Paris e Budapeste)
Os primeiros Jogos da Era Moderna, Atenas 1896, tiveram 214 atletas de 14 nações a competir em 43 eventos de nove modalidades diferentes.
Os Jogos da XXXI Olimpíada terão 11 mil atletas a representar 206 países a disputar 306 eventos de 28 modalidades.
Os custos de organizar os Jogos Olímpicos começam logo no processo de submissão de uma candidatura. Para quem queira ser considerado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), terá de desembolsar entre os 50 e os 100 milhões de dólares. É o que cada uma das quatro candidaturas para 2024 já pagou.
Segundo escreve o economista Andrew Zimbalist no livro Circus Maximus: The Economic Gamble Behind Hosting the Olympics and the World Cup, todos os Jogos Olímpicos depois de 1960 ultrapassaram os custos previstos e houve uma edição, em particular, que teve uma derrapagem estrondosa em relação ao que estava orçamento.
Os Jogos na cidade canadense de Montreal em 1976 estavam orçamentados irrisórios 124 milhões de dólares e acabaram por custar 2,800 milhões – as dívidas resultantes levaram cerca de 30 anos a pagar.
Segundo os dados apresentados por Zimbalist, só os Jogos de Inverno de 2002 em Salt Lake City (de 2,400 milhões de dólares para 2,500 milhões). Todos os outros, especialmente três, ultrapassaram largamente o previsto. Atenas, Pequim e os Jogos de Inverno de 2014 em Sochi (Rússia). ( Do Público)