O xeque Ahmad Al-Khatib havia acordado cedo na quinta-feira pela Polícia Federal. Ele foi levado para prestar depoimento e a principal pergunta foi sobre seus ex-funcionários.
Vitor Barbosa Magalhães e Antonio Andrade dos Santos Junior trabalhavam na fábrica de móveis e estão presos enquadrados na lei antiterrorismo.
“Não existe essa história de radicalização no país. Vitor e Antônio são apenas simpatizantes do EI (Estado Islâmico), nunca esconderam isso, basta ver na página do Facebook deles”, afirmou o xeque ao El País..
Ahmad, que chegou ao Brasil vindo do Líbano como refugiado em 1989, entrou no radar das autoridades por conta dos seus ex-funcionários dois dos suspeitos.
O xeque é responsável pela ONG Núcleo Islâmico Livro Aberto, que presta auxílio a refugiados sírios que chegam ao país.
“É uma questão delicada. Pergunte, por exemplo, a um morador da periferia de São Paulo o que ele prefere: o Primeiro Comando da Capital ou a Polícia Militar? Muitos dirão que preferem o PCC. Existem coisas erradas dos dois lados, e acho que o mesmo vale para o conflito na Síria”, diz Ahmad.