O ex-governador por oito meses do Distrito Federal num mandato tampão e deputado no primeiro mandato, Rogério Rosso pertence ao baixo clero, hoje reunido no “centrão”, bloco parlamentar de 13 partidos que reúne 220 parlamentares.
Ele foi eleito indiretamente pelos deputados distritais após a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, ter revelado um esquema de corrupção no governo e derrubado o então governador José Roberto Arruda, seu vice e o presidente da Câmara Legislativa.
Foi Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que estimulou sua criação. Por isso, é sua figura mais proeminente e, por tabela, avalista político de Rosso.
Neste grupo de parlamentares há figuras como o presidente da Força Sindical, Paulinho da Força (Solidariedade) e Beto Mansur, do PRB de São Paulo, que abriu mão da própria candidatura em favor de Rosso. Não é pouco, pois Mansur acalentava um sonho distante de assumir o mandato tampão até fevereiro de 2017.
O centrão não tem uma linha ideológica, mas se aproxima por afinidades. PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, Solidariedade, PHS, Pros, PSL, PTN, PEN e PTdoB compartilham de valores conservadores.
“O baixo clero é formado por deputados sem grande presença parlamentar, mas numericamente é expressivo. Quando tem um líder que os agrega, acabam desempenhando um papel importante”, nota o professor de ciência política da USP José Álvaro Moisés, em reportagem da BBC.