O orçamento para as Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro, com início a partir do dia 5 de agosto, excedeu 51% do valor, custando cerca de US $ 1,6 bilhões acima da expectativa. Segundo informa reportagem publicada nesta quinta-feira (7) no jornal britânico Financial Times.
Com base em um estudo realizado pela Oxford University, a matéria revela que apesar da pior recessão da história do país, que já dura aproximadamente dois anos, a organização para os jogos olímpicos custariam US 4,6 bilhões.
O estudo da Oxford comparou 15 edições de Jogos Olímpicos de verão, como os de Roma em 1960, e 15 dos jogos de inverno. O Financial Times afirma que o estudo concluiu que a concretização do evento Rio 2016 foi o “megaprojeto” mais caro e financeiramente mais arriscado que uma cidade poderia empreender.
O texto da reportagem lembra também que quando o país se candidatou a conseguiu obter o direito de sediar as Olimpíadas 2016, não atravessava momento econômico crítico.
E, agora, aproximadamente uma década após, o país vive a pior crise econômica desde a década de 1930, com economia retraída e sem fundos para cobrir custos.
Segundo o professor Bent Flyvbjerg, da Business School de Oxford, que traça paralelo com outros eventos. “Sediar os Jogos não é diferente de construir uma igreja incrível ou fazer uma gloriosa festa de casamento”, destaca Flyvbjerg.