O terror é um leão que urra muito, mas mata pouco

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Texto do jornalista e filósofo Fabiano Lana

Querem uma informação contraintuitiva? O terrorismo é uma das formas de guerra menos letais do ponto de vista histórico, talvez a quantitativamente menos violenta.

Entre 1998 e 2012 o terror doméstico matou menos de 3 mil pessoas por ano, segundo a compilação de Steven Pinker no fundamental livro sobre violência “Os anjos bons de nossa natureza”. (Na página 470.)

Se a média de mortos por terrorismo doméstico chegar a 20 mil anuais, continuará estatisticamente baixa em comparação com outras mazelas tão devastadoras, mas menos badaladas.

Para fazer uma comparação, apenas em 2014 foram assassinadas 58,5 mil pessoas no Brasil. A Guerra do Paraguai matou 400 mil em pouco mais de cinco anos.

A força do terrorismo está na onda de insegurança, na força midiática e na intimidação. Inclusive, apesar do Estado Islâmico, a quantidade de mortes absolutas por todo tipo de terrorismo atingiu seu auge foi em meados dos anos 80 (Na página 481.)

Para quem gosta de teoria dos argumentos, a força do terrorismo é apostar em uma espécie de “falácia da percepção”. E são bem-sucedidos.

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