A diretoria de Serviços da Petrobras é motivo de grande preocupação dentro da própria companhia. A diretoria esteve envolvida em dois grandes escândalos, primeiro com a Operação Laja Jato e mais recentemente com a demissão do ex-diretor Antonio Sérgio Oliveira.
Na sexta-feira, a demissão foi sacramentada a partir de uma investigação de desvios no benefício de Farmácia dos empregados. Concluiu-se pelo envolvimento de 26 pessoas.
A diretoria tornou-se conhecida com a Lava Jato. Milhões foram drenados pelas mãos do ex-diretor Renato Duque. A terceira denúncia contra ele foi formalizada com o desdobramento da Operação Erga Omnes, deflagrada em junho de 2015 que prendeu os maiores empreiteiros do País, Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo Marques.
Renato Duque foi uma indicação do PT e a diretoria de Serviços era o lote que cabia ao partido no fatiamento das diretorias da Petrobras pelos partidos políticos. A diretoria era responsável por indicar a empreiteira a ser contratada após o acordo entre as empresas que formavam um cartel, chamado de “Clube”.
O esquema de desvio de recursos e pagamento de propinas na Petrobras operava a partir de quatro núcleos: político, administrativo, econômico e financeiro.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em depoimento à Justiça Federal que o esquema de cartel, corrupção e desvios na estatal foi deflagrado e envolve maiores valores na diretoria de Exploração e Produção, que era ocupada por Pedro Barusco.