Nas contas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) deve ser votado em plenário entre os dias 26 e 27 de agosto.
O depoimento dela ou do seu advogado José Eduardo Cardoso acontece na quarta-feira. Antes, podem ser ouvidos os técnicos do Senado que realizaram a perícia das provas das pedaladas fiscais.
Mas a defesa tem se esmerado em atrasar os trabalhos, pois sabe que o afastamento definitivo é iminente. Uma das estratégias foi ampliar o número de testemunhas.
Em 14 reuniões, a Comissão Especial do Impeachment (CEI) ouviu mais de 40 depoimentos de testemunhas indicadas pela acusação, pela defesa e por senadores.
A professora da USP, Janaína Conceição Paschoal, co-autora da representação do impeachment é lacônica ao observar as manobras. “Atraso na votação do impeachment é o grande mal desse país! Oposição e STF não estão pensando no Brasil, prejudicam o povo sem dó!”, disparou no Twitter neste domingo.
Caçada para onde vai pelos extremistas petistas, Janaína é o principal alvo dos ataques. E pelo mesmo microblog mandou um recado a José de Abreu, o mesmo que prometeu sair do país.
“Peço encarecidamente que, se me encontrar em algum lugar, não cuspa em mim! Sua opinião não importa!”
Foi uma resposta ao ator que a atacou pelo Twitter: “Mais uma farsa coxinha: Janaina, a rainha louca do impeachment.”