O ex-ministro do Planejamento e da Comunicação nos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo, deverá ser levado à sede da PF em São Paulo. Ele é acusado, como ex-chefe do Planejamento, de desvios de R$ 52 milhões em contratos de informática da pasta com o Grupo Consist Software.
O ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, disse que não foi preso e que não foi levado coercitivamente para depor. Informou que foi convocado a depor no mesmo caso em que Bernardo é acusado.
A base para a investigação foi a delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano, que recebia dinheiro ilícito desde 2010 e o destinava às empresas ligadas a ele.
O El Pais explica que Romano foi preso em agosto de 2015. No total, o esquema desviou entre 2010 e 2015 cerca de 100 milhões de reais – 70% dos quais eram repassados a agentes públicos, diz a PF. “Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no ministério por meio de outros contratos – fictícios ou simulados”, afirmou a polícia em nota.