“Foi um ato reflexo”, respondeu o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) a uma pergunta se pediria desculpas à deputada Maria do Rosário (PT-RS) sobre uma declaração dada em 2003. No calor de um debate sobre estupro de mulheres, Bolsonaro disse que “não estupraria” a deputada porque “ela não merecia”.
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A declaração desta tarde aconteceu por conta da decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que aceitou a denúncia contra o deputado federal. O STF transforma o parlamentar em réu numa suposta incitação ao crime de estupro e injúria.
”Foi uma “retorção” o que falei para ela, foi um ato vamos dizer assim um reflexo. As desculpas que peço é para a sociedade que foi desinformada sobre as verdades dos fatos. Eu costumo dizer que o soldado que tem medo de ir à guerra é um covarde. Eu nunca fugi de quaisquer debates. E o assunto naquele momento e é até hoje é a defesa das mulheres, especial na questão voltada ao estupro”, afirmou hoje Bolsonaro.
Na época, a declaração do parlamentar dizia que “ela não merece porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece”, declarou ao jornal.
Os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Luis Roberto Barroso acompanharam o relator Luiz Fux. “Imunidade não significa impunidade”, declarou Rosa Weber. Apenas Marco Aurélio de Mello votou contra a aceitação da denúncia.
Os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Luis Roberto Barroso acompanharam o relator Luiz Fux. “Imunidade não significa impunidade”, declarou Rosa Weber. Apenas Marco Aurélio de Mello votou contra a aceitação da denúncia.