O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um desabafo contra as insinuações de que ele seria o responsável pelos vazamentos de processos que chegaram nos últimos dias no Supremo Trbunal Federal.
Desabafo aconteceu no discurso de encerramento do encontro de procuradores eleitorais para debater o pleito municipal deste ano.
E anunciou que dentro de um ano e meio vai se aposentar, sem disputar eleição para qualquer cargo no Executivo ou no Legislativo.
“Nunca terei transgressores preferidos, como bem demonstra o leque sortido de autoridades investigadas e processadas por minha iniciativa perante a Suprema Corte. Da esquerda à direita; do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da lei, no que depender do Ministério Público”.
“Figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter decoro, tentam disseminar a ideia estapafúrdia de que o Procurador-Geral da República teria vazado informações sigilosas para, vejam o absurdo, pressionar o Supremo Tribunal Federal e obrigá-lo a decidir em tal ou qual sentido, como se isso fosse verdadeiramente possível. Ainda há juízes em Berlim, é preciso avisar a essas pessoas.”
Em seu discurso, Janot também insistiu de que leviandades e calúnias são usadas para tentar dificultar o trabalho dos procuradores, mas elas não causariam “mais do que perturbação temporária no caminho a seguir”.