Dois pesos e duas medidas. O presidente Michel Temer decide manter o ministro da Transparência, Fabiano Silveira no cargo. (O ministro pediu demissão à noite)
Hoje, ele nem foi trabalhar, pois nem podia entrar no seu gabinete. Os servidores incentivados pelo sindicato da categoria (dizem que ligado ao PT) lavaram a entrada da antiga CGU e a porta do gabinete do chefe. Enquanto isso, os chefes nos estados entragam seus cargos em protesto.
Apesar dos pedidos – da oposição e de gente ligada ao governo interino -, Temer vai manter “por enquanto” Silveira no cargo.
Pesa na decisão do presidente da República as articulações com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que é o padrinho político do ministro suspeito.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) caiu por conta da gravação de Sérgio Machado. O mesmo deveria acontecer com Silveira. Mais grave é que à época da gravação, há cerca de três meses, ele ocupava uma das vagas no Conselho Nacional de Justiça, órgão que fiscaliza o Judiciário.
Senão pela ética, mas como exemplo, Silveira deveria voltar hoje mesmo para o Senado, de onde é servidor concursado.